Zé Leandro Romão produz café desde que nasceu e diz que não sai da roça por nada.

O produtor tem dois apartamentos “no asfalto” – um jeito interiorano de dizer “na cidade” – mas prefere deixar para os filhos, que se adaptam melhor. A localidade é Córrego da Prata – ES.

Em sua propriedade o cultivo é da variedade de mundo novo, catuaí amarelo e vermelho 81. Sua lavoura é 100% especial e 30% da colheita é de café especial pronto para torrar. Com a prática da colheita seletiva em sua propriedade (separação dos maduros), garante um café de 83 a 84 pontos sem esforço. E, como tudo que é bom pode melhorar, na safra de 2015 conseguiu caprichar e nos entregou um café avaliado em 87 pontos.

E depois de ter acesso a um café desses, temos uma notícia que nos incomoda profundamente!

O Zé é um produtor autossuficiente. Hoje, além da produção de café, também cultiva banana. A falta de mão-de-obra para colheita do café fez Zé virar seus olhos para a produção de banana, que vem rendendo muito mais dinheiro. A mini fábrica de mariola e doces dentro de sua casa é, hoje, o seu carro chefe.

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Na produção de 260 sacas de café especial ano ele deixa tudo na mão de cooperativas.

O produtor não tem feito um bom trabalho de limpeza no seu cafezal, que é um lugar de difícil acesso e com grandes arvores de café.

Adivinhem o motivo? A tal da falta de incentivo para apostar no café, nem do governo nem de ninguém. A maior queixa dos produtores do nosso amado café especial.

Pois é, um café tão bom sendo deixado de lado…

Valorize o pequeno produtor!

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