O café de abril é meio que exclusivo. Isso aí mesmo, meio. Acontece que o maravilhoso catuaí vermelho produzido por Rodrigo Mazzoco e sua família tem destino certo: o Coffee Lab de Isabela Raposeiras e, agora, o Have a Coffee. A história de crescimento e valorização da lavoura dos Mazzoco, em Vargem Alta, interior do Espírito Santo, passa pelas relações frutificadas no Coletivo Café, nosso braço no campo.
Café de família
A produção de cafés especiais no Sítio Mazzoco é estritamente familiar. Teve início com os pais de Rodrigo, há mais de três décadas. Foi somente há seis anos que a família começou a buscar inovações, partindo para um processo conhecido como “honey” – quando a mucilagem e a polpa do fruto, cheias de açúcares e óleos, são deixadas no grão para a secagem. Além disso, por conta da altitude da propriedade, entre 1000 e 1100 metros, a maturação é um pouco mais lenta. O resultado é um café muito, mas muito doce.
– Fizemos investimentos em terreiro suspenso e na ventilação da estufa. Também começamos a fazer uma colheita mais selecionada, passando de quatro a cinco vezes em cada pé de café – conta Rodrigo.
Para colher os frutos
Tanto carinho e trabalho foram prontamente reconhecidos por uma das mais conceituadas especialistas em café, Isabela Raposeiras, do Coffee Lab. Com a ajuda do Coletivo Café, Rodrigo teve o apoio necessário para oferecer sua produção, fechando um acordo comercial que acabou por valorizar os produtores de toda a região. E pensar que essa história de sucesso começou por acaso…
– A Raposeiras esteve aqui nas redondezas para visitar um vizinho, mas acabou errando o caminho e veio parar aqui. Levou uma amostra, mas o café não bebeu tão bem. No ano seguinte, melhoramos o processo e conseguimos 91 pontos. Desde então, fechamos nossa produção com ela.
Suuuuuuuucesso!
A recepção do público foi tão boa, que os grãos dos Mazzoco ganharam as redes sociais. Rodrigo diz que muita gente publica fotos no Instagram bebendo e elogiando o seu café.
Agora, os assinantes do Have a Coffee também vão poder provar esse néctar. O que esperar? O próprio Rodrigo sugere:
– Podem esperar um grande caldo de cana, bem frutado, bem doce, com aroma bastante intenso.
Espere só um pouco, que daqui a pouco o pacote chega à sua casa.
Amigos em volta da mesa. É assim que se celebra em alto estilo!
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Eduardo Frota é jornalista, barista e apaixonado por café