A primeira vez a gente nunca esquece. É verdade: quando os grãos do Alexandre Emerich chegaram aqui no Have a Coffee, em junho de 2015, todos nós ficamos encantados. Os pacotes acabaram rapidamente. Então, lá fomos nós de novo até o Sítio Bela Vista, lá na Serra do Caparaó, para um repeteco. Em janeiro de 2016, foi a vez dos grãos dele entrarem numa seleção especial que a gente chamou de Pretinho Básico.
O tempo passou. E aí bateu aquela saudade. Resolvemos que era hora de retornar à propriedade do Alexandre para ver como andava a sua produção. Valeu a pena. O que era ótimo ficou ainda melhor. Um novo café, que merecia uma nova edição. Isso porque, depois de entrar para a família Have a Coffee e participar das atividades no Coletivo Café, o nosso braço no campo, Alexandre aperfeiçoou ainda mais a sua técnica.
A prática a gente já tinha, então só faltava uni-la à técnica. Assisti a palestras e participei de workshops promovidos pelo Coletivo Café que me ajudaram muito a diversificar e aumentar a minha produção de cafés especiais
– conta Alexandre.
Qual é a diferença?
O fato de ser um Q-Grader, profissional certificado que é apto a classificar os cafés quanto ao aroma, ao sabor e às diversas características sensoriais, também proporcionou a Alexandre um ajuste fino mais preciso no resultado final.
Seu Catuaí 81 ganhou uma doçura tão intensa, que mais parece uma bala de caramelo com mel. Essa nova característica dos grãos ocorre devido ao processo de secagem cereja descascada honey – ou mel, em bom português. Nesse método, após a retirada da casca a mucilagem permanece em contato com a semente. Assim, durante um período prolongado, os açúcares são absorvidos em grande quantidade, permitindo essa nota mais adocicada. Alexandre explica que esta é a grande diferença deste grão para o anterior:
O primeiro café selecionado pelo Have a Coffee tinha como método a secagem natural. Quem provou os pacotes anteriores vai poder sentir a diferença de doçura e entender o porquê do termo “honey”.
Mais um! Mais um!
Essa nova rodada do café do Alexandre nos mostrou que estamos no caminho certo ao valorizar os pequenos produtores do país. Pela terceira vez, seus grãos vão chegar fresquinhos até a sua xícara, mas agora com muito mais doçura – não somente a da fruta, mas a doçura com que a matéria-prima é tratada. Afinal, quanto mais se conhece sobre café, maior é a paixão por ele.
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Eduardo Frota é jornalista, barista e apaixonado por café