A trilha sonora da nossa viagem foi inesquecível! A equipe do Have a Coffee foi recepcionada ao som da concertina, um instrumento muito comum entre os imigrantes alemães que vieram para o Brasil no século passado. A família Küster, produtora do café deste mês, mantém a tradição.

E se naquele longínquo tempo as canções eram o único momento de distração dos imigrantes, em meio a tanto trabalho e sofrimento causados pelas más condições que encontram ao chegar em terras brasileiras, hoje em dia o instrumento é tocado em ritmo de festa – ao menos para Germano e sua família, já que eles andam fazendo por lá um cafezaço!

Da Alemanha para o Brasil

Germano era um estudante de Administração de Empresas, ao mesmo tempo em que trabalhava numa confecção. De tanto ouvir o professor falando sobre a crise e a dificuldade em conseguir emprego, resolveu ir para a Alemanha, onde estavam suas raízes familiares. Trabalhou, juntou dinheiro e, de volta ao Brasil, comprou uma propriedade na qual começou a trabalhar com cafés especiais.

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Dois grãos em um pacote

Na pequena propriedade familiar, em Afonso Cláudio, Espírito Santo, são cultivados dois tipos diferentes de frutos: obatã e catuaí 44. Todo o manejo é feito de forma orgânica, sem agrotóxicos.

– Eu tinha um catuaí 44 lá em cima, a 750 metros de altitude. Fiz uma plantação de cedro nessa lavoura, mas ainda havia muito espaço. Então, resolvi plantar obatã ali no meio. Não uso adubo porque o cedro tem uma raiz superficial – explica Germano.

São exatamente essas duas variedades, colhidas com todo o carinho por toda a família Küster, que estarão nos pacotes dos nossos assinantes.

À sombra do cedro

Plantados um ao lado do outro, os pés são sombreados por frondosos cedros. Assim, o microclima é modificado, diminuindo as temperaturas médias e reduzindo a incidência de raios solares.

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Isso faz com que a maturação do café se dê de forma lenta, com tempo para que o grão absorva o máximo de açúcares e sais minerais. O resultado na boca é uma bebida de doçura irresistível.

– Esse café foi colhido de forma tardia, com o fruto quase roxo. Por isso ele é bem doce – atesta Germano.

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Eduardo Frota-perfil

Eduardo Frota é jornalista, barista e apaixonado por café