Um dos cafés seleção do clube de outubro vem da tão conhecida região do Caparaó e é do produtor Lucimar Rubio de Souza que já foi seleção anteriormente com um café que foi muito elogiado e agora volta para nossa alegria!

Do município Dores do Rio Preto-ES, à 1.200 metros de altitude, sua propriedade fica no Forquilha do Rio que já é bem conhecido por quem aprecia cafés superiores.

A história dele na produção de cafés especiais já contamos por aqui mas agora ele contou mais:

“Por volta de 2016, vendo meus vizinhos produzindo, acompanhei os processos e tomei gosto por esse universo. Mesmo sendo mais trabalhoso, onde devemos colocar muita dedicação e amor no que fazemos e assim tentar oferecer para as pessoas um produto de maior qualidade.”

Lucimar Rubio de Souza

Com relação aos desafios em se produzir cafés especiais ele coloca que ainda é as pessoas entenderem o que é um café de qualidade e saber apreciá-lo. Para que os produtores possam ter o retorno esperado e continuar a desenvolverem este trabalho que é tão mais custoso tanto fisicamente quanto financeiramente.

“A maioria dos cafés nas prateleiras dos supermercados ainda são cafés tradicionais e industrializados. Os cafés bons mesmo produzidos no Brasil são exportados. Então quando você toma um café especial, saiba que foi resultado de toda dedicação nossa para com este fruto.”

Lucimar Rubio de Souza

São vários os diferenciais para se chegar no cafe especial. E hoje ele produz apenas com a ajuda da sua esposa. Além disso, ele vende diretamente para as cafeterias de todo país, bem como consegue exportar para o Japão e agora também para a Austrália.

“Eu e me esposa estamos muito contentes com os resultados do nosso trabalho. E ainda temos a sorte de estarmos em uma região de altitude que possui uma certa facilidade em se produzir o café especial. Mas ao mesmo tempo, sendo uma região montanhosa, a maioria das lavouras são muito inclinadas e com isso cuidar das plantas e a colheita são dificultadas.”

Lucimar Rubio de Souza

Lá eles produzem um café tardio, tanto que ainda estão colhendo os frutos da florada de março, que trazem cafés mais complexos e saborosos.

A pandemia afetou muito o mercado de café, ele afirma. Pois acredita que com o isolamento, as pessoas não consumiram mais em cafeterias, o que atingiu sim sua vendas. E estando em casa, ele acredita que as pessoas acabam comprando cafés tradicionais vendidos em supermercados, não prestigiando mais os microlotes.

Mas ele acredita que mesmo assim, o mercado tende sempre a evoluir pois o café de qualidade é muito melhor e cai no gosto muito fácil de quem prova.

E a gente concorda! Caminho sem volta Lucimar 🙂

Pedimos para ele deixar uma mensagem para o mundo em termos do que é produzir café especial:

“O café na verdade é um alimento, e portanto deveríamos focar mais e mais na produção de um alimento com qualidade. Usando menos agrotóxicos, cuidando mais da planta, chegando em resultados tão bons ao invés de fixar a produção em quantidade e não dar valor ao alimento que será ingerido por humanos. Pois nós como pais, temos coragem de produzir e servir nossos filhos com algo que não temos confiança?” 

Lucimar Rubio de Souza

Por isso buscamos apresentar no nosso clube, cafés de produtores como o Lucimar, que pensam que a qualidade não é apenas para remuneração maior, mas porque sabemos que o café que será servido na casa de cada um, não fará mal à ninguém!

Que sorte a nossa!


Já faz parte do nosso clube?

VEM PRO CLUBE!!