O Produtor destaque deste mês de novembro é o André Luiz Tschaen Tonoli, do Sítio Luiza em Parajú, Domingos Martins-ES.

Ele contou que a cultura do café começou a ser trabalhada na família dele pelos bisavós, de forma bem simples e foi sendo passada para as gerações seguintes até chegar nele.

Com relação a produção de café superior, ele ressalta que é bem recente, mas já colhe bons frutos desta mudança de processos.

“Até dois anos atrás minha família não tinha muito conhecimento sobre o que era um café especial e nem como produzir. Nossa produção era totalmente focada em café commodity. Fi no final de 2019 que conheci o laboratório do IFES de Venda Nova do Imigrante, que é focado em cafés especiais. Lá pude aprender sobre este universo e implantar as melhorias necessárias.”

André Luiz Tonoli

Foi no café especial que ele encontrou uma alternativa de aumentar a renda familiar e até mesmo abrir seu próprio empreendimento. Foi neste mesmo ano de 2019 que ele iniciou testes na propriedade e os resultados foram animadores. Levando  a família toda decidir que a próxima safra já teriam lotes de cafés de qualidade.

Sobre os desafios na produção diferenciada ele contou que os principais problemas encontrados foram com a falta de mão-de-obra especializada. Eles optaram por realizar a colheita bem seletiva nas lavouras e com isso o trabalho aumentou muito, mas o resultado na bebida é de excelência e com a quantidade de grãos superiores maximizada.

 O André comentou também sobre a região onde estão localizados, que ainda tem foco maior em café tipo commodity.

“A região que residimos ainda tem a maior parte da produção de cafés voltada para o commodity. E isso se deve ao fato de que as empresas que compram cafés aqui, também não têm muito conhecimento sobre cafés finos, logo, mesmo que os produtores tenham cafés e alta qualidade, não seriam remunerados de forma condizente.”

André Luiz Tonoli

A pandemia afetou a produção quando trouxe aumento no preço dos insumos. Ao mesmo tempo uma das medidas de prevenção manteve as pessoas em casa, o que aumentou o consumo de cafés nas residências, principalmente de cafés especiais, acompanhando a alta que já acontecia neste mercado.

Sobre este universo ele acredita que:

“Cafés especiais são um mundo muito inexplorado ainda pela quantidade de variáveis. Nunca vamos saber tudo sobre cafés. Por isso sempre vão existir coisas novas no ramo e com isso a necessidade de nos atualizar sempre. Outro ponto está no fato de cada região e variedade e outros inúmeros aspectos resultam em cafés únicos.”

André Luiz Tonoli

Além disso, ele vê que nos últimos anos esse mercado vem crescendo de forma muito rápida. Pequenos produtores não conseguem ter um retorno tão bom no café commodity quanto os grandes produtores. Por isso a melhor alternativa é definitivamente trabalhar a qualidade.

O café que será apresentado no clube tem sabor que lembra frutas, com doçura acentuada e os atributos vão se intensificando conforme a temperatura do café cai. Quanto ao trabalho realizados por ele, são grãos selecionados e preparados com muito cuidado e atenção para que sua qualidade seja a melhor possível!


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VEM PRO CLUBE!