por Eduardo Frota

Um pé de café e um pé de cacau – postos lado a lado podem até parecer não combinar um com o outro. Afinal, são duas plantas singulares, com frutos bem diferentes: quando colhidos, um é doce e o outro, amargo. Por isso, há quem diga que, quando colocados sobre o mesmo pires, café e chocolate brigam com seus aromas e sabores persistentes. Muitos alegam que aquele pequeno docinho ao lado da xícara serve apenas para esconder o amargor de um café ruim.

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Foi-se o tempo!

Café e chocolate podem ser como goiabada cascão e queijo minas, feijão e arroz, yin e yang, Lennon e McCartney, Dom Quixote e Sancho Pança ou Batman e Robin, como uma dupla dinâmica na qual um acentua as notas sensoriais do outro numa simbiose gastronômica perfeita. O bom cacau e o bom café harmonizam-se perfeitamente quando produzidos com capricho e cuidado.

O brilho nos olhos

Tanto o café quanto o cacau têm na torrefação de suas sementes a origem de notas delicadas, frutadas e florais, cujas nuances de sabor e aroma podem ser acentuadas levando-se em conta a safra da matéria-prima. São diversas as possibilidades.

Compreendendo essas variáveis, a chef Samantha Aquim, à frente dos chocolates Q, começou a procurar inspiração para criar uma experiência que combinasse o seu chocolate com uma linha própria de cafés especiais. Para dar continuidade ao seu projeto, procurou gente que, da mesma maneira que ela, tratasse o café com amor e respeito. Encontrou no Have a Coffee um parceiro para ajudar a desenvolver essa troca de experiências – as gastronômicas e as afetivas.

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“- Eu procurava gente que tivesse aquele brilho nos olhos, que tivesse pelo café a mesma paixão que eu tenho com o chocolate”

No meio do caminho havia um cacau

Como parte do processo para desenvolver o seu café, Samantha passou um dia inteiro em uma fazenda que, por uma dessas incríveis coincidências, ostentava um lindo pé de cacau logo na entrada. Durante a estadia, experimentou sabores, aromas, torras e harmonizações até chegar a um resultado que julgou satisfatório. Ela define a oportunidade como um fundamental aprofundamento no conhecimento sobre o café:

“- Foi uma experiência que enriqueceu todos nós. Ali, notei que aquela vivência com o café, transmitida por pessoas que realmente amam o que fazem, podia ampliar o conhecimento sobre a excelência dos nossos chocolates. Os blends de café que desenvolvemos permitem uma nova redescoberta do chocolate ”

conta Samantha, que ensinou aos cafeicultores como se abria um cacau.

Toda essa experimentação gerou uma linha de três cafés encapsulados de torras distintas, perfeitos para serem degustados com três tipos de chocolates Q.

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Para que a harmonização acentue as características de ambos os produtos, os cafés com as torras mais claras são combinados com os chocolates de sabor mais intensos, e vice-versa. O resultado é uma perfeita comunhão entre duas das maiores paixões dos brasileiros.

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Carlos Altoé, um dos produtores que estampam o nome de um dos blends de café.

De chocolate o amor é feito

Pensou em dar chocolates para o grande amor da sua vida no Dia dos Namorados? #ficaafica

Chocolate Q no Instagram

A ideia é surpreender quem você ama com um café da manhã caprichado? Ok, mas o café tem que ser especial. #ficaoutradica.

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Eduardo Frota-perfil

Eduardo Frota é jornalista, barista e apaixonado por café