Na mitologia grega, Gaia é o nome da deusa da Terra, companheira de Urano (Céu) e mãe dos Titãs (gigantes). Gaia é a personificação do planeta Terra, representada como uma mulher gigantesca e poderosa.
Em homenagem à deusa grega, a Teoria de Gaia (também conhecida como Hipótese de Gaia) foi criada pelo cientista britânico James E. Lovelock. Nela, o cientista descreve o planeta Terra como um organismo vivo, que apresenta algumas características como a atmosfera com química e a capacidade para manter e alterar suas condições ambientais – o que não acontece com outros planetas do sistema solar.

Luciano Varejão, o produtor do mês de março, é neto de cafeicultores e, apesar de ser Engenheiro Mecânico com Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em Engenharia Mecânica (foi professor por 30 anos, inclusive!) ele sempre teve interesse em ter uma propriedade agrícola onde pudesse fazer agricultura orgânica, livre de venenos e agrotóxicos, uma agricultura que seguisse o ritmo da natureza: “agricultura orgânica é o que o planeta Terra faz em todas as suas florestas naturais. Ninguém as aduba, ninguém pulveriza inseticidas, pesticidas, fungicidas, larvicidas, …cidas de qualquer espécie e, mesmo assim, elas seguem fortes, saudáveis e viçosas como sempre foram”.

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Perguntamos então, se esse era o motivo da escolha de cultivar orgânicos, e, nada melhor que usar as palavras do Luciano: “por coerência com meu próprio estilo de vida; pela minha consciência ecológica; para evitar o mal causado pelos agrotóxicos à saúde humana e à saúde de Gaia; para também servir de exemplo a outros de que existe alternativa ao uso de venenos, de que é possível fazer agricultura sem agredir Gaia (agredir Gaia é agredir a nós mesmos); para evitar tantas doenças físicas, sociais e mentais. Diversos males tipo câncer, sociopatias e depressões são consequência direta do consumo de alimentos com agrotóxicos”.

Já a escolha por café foi quase uma consequência da ascendência e da vocação natural da região onde o sítio se encontra: terreno acidentado (dificultando a mecanização), o conhecimento da cultura do café pelos vizinhos e a facilidade de encontrar insumos na própria região.

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E o que faz do café do Luciano tão bom?
“A boa qualidade do nosso café é também uma consequência natural do tipo de agricultura que fazemos, ou seja, a planta não sofre stress para produzir mais do que o clima e as condições do terreno permitem. Sendo assim, a planta tem condições de nutrir bem cada fruto produzido e é exatamente isto que garante a boa qualidade e o sabor suave do nosso café”.