Decidimos começar o ano com o pé – de café – direito. Você, assinante, já sabe: até dezembro, serão 12 cafés especiais selecionados entre “grandes pequenos produtores” do país. O primeiro deles é para estrear em grande estilo. Fomos até o município de Castelo, no sul do Espírito Santo, para conhecer o café da Fazenda Sartori: um catuaí vermelho 81 cultivado com muito carinho e respeito, fruto da dedicação de toda a família.

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Os Sartori têm conhecimento na produção de cafés especiais desde a década de 70, quando o patriarca despolpava o fruto numa engenhoca de madeira usando tração animal. Hoje, a fazenda produz mais de 50 sacas com índices superiores a 86 pontos. O café despolpado corresponde a 70% da produção, mas o plano é aumentar ainda mais essa margem. A gente torce e agradece!

 

O trabalho pode ser estimulante

Como diversos produtores em território brasileiro, os Sartori estavam acostumados a vender sua produção para atravessadores, negociantes que lucram revendendo o café para grandes compradores, elegendo por conta própria o preço das sacas, sem levar em conta o esforço e o cuidado dispensados em cada talião da terra. O desânimo era inevitável, como conta Brenner, o mais jovem da família:

 

O momento mais delicado na cadeia produtiva é quando o atravessador dá o preço na sua saca. Se o produto é seu, por que é ele quem impõe um preço? Mas esse cenário está com os dias contados

– comemora.

 

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Com o Coletivo Café, braço do Have a Coffee no campo, os Sartori passaram a entender melhor a cadeia produtiva do café e começaram a realizar vendas diretas, conseguindo uma maior valorização dos grãos. Logo, sobrou mais dinheiro para investir na lavoura.

 

Conheci o Coletivo Café há alguns meses. De cara, tive a impressão de que poderia estabelecer uma belíssima parceria. E estava certo: foram os primeiros a dar visibilidade para a fazenda. Com a divulgação do nosso café, começamos a ter reconhecimento do nosso trabalho. E o reconhecimento é o combustível para motivar o produtor. Motivado, ele produz melhor e com mais qualidade

– explica Brenner.

 

Do produtor, direto pra sua xícara

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O catuaí 81 dos Sartori é cultivado numa lavoura a 1100 metros de altitude. Recebe sol na parte da manhã, até o meio-dia, permanecendo na sombra durante toda a tarde – o que dá ao fruto uma maturação bastante uniforme.

 

Essa qualidade toda, movida a muito suor e motivação, está nos nossos pacotes este mês. Quer um desses mas ainda não é assinante do Have a Coffee? Clique aqui e resolva isso rapidinho.

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Eduardo Frota-perfil

Eduardo Frota é jornalista, barista e apaixonado por café