O café de junho é a prova viva de como o ciclo do café gira cada vez mais forte, envolvendo conhecimento, compartilhamento e muito carinho por essa bebida que todos nós amamos. Odeir Schott Filho, um jovem produtor de apenas 25 anos, assina esse cafezão do Sítio Santa Aninha, na região das Matas de Minas. Ele e sua família plantam um catuaí vermelho maravilhoso, selecionado entre os 150 cafés do COY Brasil – ou Coffee Of the Year, premiação para os melhores grãos do país.
Todo esse reconhecimento é fruto de muito suor, estudo e até viagens para o outro lado do oceano. A história do sítio começou com o pai de Odeir, que inicialmente trabalhava como caminhoneiro. Com a vontade de fixar residência perto da família, se afastou das estradas e investiu em terras para o plantio das primeiras mudas.
– Para mim, estar na lavoura era como uma brincadeira divertida. Desde muito pequeno acompanhava meu pai todo o processo. Sabia, inclusive, que seguiria de alguma forma o mesmo caminho – conta Odeir.
O clima favorável, a terra bem cuidada, a ajuda da família e o amor pelo café fizeram com que fosse possível a matrícula de Odeir no curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Viçosa. Era a primeira vez que o então garoto ia morar longe de casa, em outra cidade.
Café sem fronteiras
E não parou por aí. A segunda viagem foi um pouco mais longa. Graças ao programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, Odeir ganhou uma bolsa para estudar em Bordeaux, na França – terra de alguns dos vinhos mais famosos do mundo, com denominação de origem que é sinônimo de admiração e orgulho, como ele explica:
– Lá, como no Brasil, o interior do país é repleto de pequenos produtores que dedicam a vida a uma fruta. Foi lá, longe de casa, que comecei a pensar em trabalhar o conceito de terroir dos vinhos no café.
De volta à lavoura, há cerca de um ano, Odeir aplicou seus conhecimentos no café da família. O resultado foi surpreendente: de cara, a seleção para o Coffee Of the Year. A história do Sítio Santa Aninha está apenas começando, e o Have a Coffee fica muito feliz em estar presente em seus primeiros capítulos.
Chique!
O café do Odeir que a gente foi buscar pra vocês é de um terroir incrível. Ele foi colhido manualmente após a terceira florada. Ou seja, é um fruto tardio, com maturação uniforme e cheio de nutrientes. Na xícara – melhor ainda se for numa caneca bem cheia -, lembra cana e melaço, puxando para um leve sabor de conhaque.
Voulez-vous café avec moi?
Assine o Have a Coffee e receba em casa esse café que guarda suas semelhanças com o vinho. Aproveite que o Dia dos Namorados tá chegando… Vale até propor brinde!
Ainda não assinou o clube? Clique aqui!
Eduardo Frota é jornalista, barista e apaixonado por café